
São remotas as possibilidades de o FC Porto igualar a melhor série de títulos nacionais consecutivos (que lhe pertence), como improvável é que, finda esta sequência de conquistas, tudo fique na mesma. Os dragões estão na iminência de falhar o maior objectivo da temporada e, mesmo que o discurso para o plantel vise as frentes ainda abertas, é lógico que a SAD está há muito a desenhar a nova época.
Prepara-se um novo ciclo e tudo aponta para que haja outro homem ao leme da equipa. Jesualdo Ferreira tem contrato para mais um ano, mas o treinador com maior longevidade da era Pinto da Costa deve chegar a entendimento com o presidente para pôr termo a uma parceria de enorme sucesso e que se consubstancia, para já, num tricampeonato e na presença constante nas rondas a eliminar da Liga dos Campeões.
É impensável o cenário de um divórcio litigioso, tal a cumplicidade entre as partes e a noção de que esta tem sido uma era marcante na história do clube. No entanto, e até em função da inusitada duração deste vínculo, há um desgaste natural que potencia a mudança. Não há decisões definitivas e é certo que a tomada de uma posição pública só vai ocorrer no final da época, que pode ser no Jamor, palco que também assinalou o fim da era Fernando Santos. Pinto da Costa, a caminho de novo mandato, e Antero Henrique, o rosto do futebol, têm em mãos a empreitada de um novo ciclo da equipa profissional dos dragões.
Os Binos
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